Como Paulo muito bem exprime numa de suas cartas: ''Se nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem'' (1ª Coríntios 15:19 e 20).

Que belo eufemismo está contido nesse versículo! Pois Nele está presente toda placidez e serenidade que acompanha a vida de quem morre crendo em Jesus. E o que é mais admirável: vivendo sem medo do desconhecido e do misterioso universo que está para além desta vida, do universo do além-túmulo.

Portanto, a maior esperança para os homens que amam e temem a Deus é a crença profunda no vindouro alvorecer da vida eterna, uma das entre muitas profecias contidas na Bíblia Sagrada. A nossa existência temporal é, pois, uma fugaz peregrinação, sendo a morte apenas uma passagem para uma vida repleta de paz, amor e dignidade ao lado daquele que morreu na cruz para salvar os homens dos seus pecados. Sim, ao lado do único justo que viveu entre os homens, Jesus Cristo! Além de ser sal da terra, É o luzeiro vivo que resplandece a sua graça para todos aqueles que o ama em espírito e em veracidade.

O que diferencia uma vida cristã autêntica de uma vida cristã inautêntica, é que enquanto a primeira está comprometida com a verdade e com a dignidade do evangelho, fazendo questão em levar adiante o significado inerente ao martírio e a ressurreição do filho unigênito de YAHUAH, e propagando as boas novas da redenção para as almas enfermas; a vida inautêntica é característica de quem vive sem se importar com a sua salvação, vivendo uma existência apenas preocupada com os prazeres dessa vida. Ela se torna facilmente corrompida em prol dos apelos viciantes desse sistema mundano e corrupto, ficando intensamente vulnerável a toda sorte de degradação moral e espiritual.

Embora o nosso salvador não tenha sido compreendido pelos pagãos e nem pelos Judeus cultos de sua época, deu ênfase na vida eterna ao afirmar que seu reino não era desse mundo.Todavia, tamanho conhecimento proveniente dos homens da lei foi insuficiente para penetrar com profundidade nas palavras do Divino mestre.

YEHOSHUA, o verbo que se fez carne, o REI da glória que se apresentou ao mundo na condição de servo, foi capaz de provar, especialmente para as pessoas que o seguiam, o quanto a verdade de sua missão era poderosa para ofuscar e confundir o saber opaco dos homens mais arrogantes do sinédrio, bem como a certeza mais enraizada de qualquer homem presunçoso.

Felizmente a semente do Evangelho prevaleceu no coração de alguns homens fieis e singelos, que anos depois estenderia a mensagem do REI DOS REIS para todas as regiões pertencentes ao Império Romano.

Mesmo vivendo sob grande hostilidade e perseguição, Cristo corajosamente anunciou as boas novas para todos os homens que estavam dispostos a confiar nele, como também exortou os homens mais humildes de coração a amarem uns aos outros como a si mesmos, independente de suas opiniões políticas ou de sua origem sócio-étnico-cultural.

Sabendo que seria condenado, torturado e humilhado, o mestre profetizou que morreria, mas também que iria ressuscitar no terceiro dia, cumprindo mais uma profecia contida em Isaias, que dizia que seria ferido e morto em decorrência de nossas transgressões. A ressurreição de Cristo, para a glória de todos os homens, é a prova mais sublime de que a justiça prevaleceu sobre a injustiça; de que a vida transcendeu o jugo sombrio da morte; de que o amor imperou sobre o ódio, a corrupção humana e a discórdia; e de que a salvação das almas contritas prevaleceu para todo o sempre sobre o pecado e a iniquidade.

É interessante observar que para os Cristãos autênticos e fiéis a Yehoshua, a morte não se torna propriamente um mal, pois o fato de haver um redentor que os cura de todo pecado, faz com que fiquem consolados e convictos de que um dia irão herdar uma morada onde reina a justiça, a felicidade e o amor entre os homens glorificados e ressurretos, tal como o Messias nos ensinou tão bem! Tendo consciência da vida eterna, somos capazes de viver nossa existência com esperança, sem falar do consolo que nos acompanha em nossa caminhada espiritual.

A vida eterna é, pois, é a garantia de felicidade perene para os homens que creem e proclamam o amor de Deus ao mundo; é, ainda,a garantia de uma vida sem sofrimento e angústias; por fim, garantia de uma existência purificada e triunfante contra a morte e o pecado. Os homens, os que viveram da fé, receberão corpos incorruptíveis, além de viverem sob a luz resplandecente de Deus na nova Jerusalém (um lar onde o amor entre os homens será a única lei prevalecente!).

Ora, quem senão os crentes e os humildes de coração, os retos e os homens com sede de justiça, estão em condições de acreditar em algo tão elevado, e que esteja para além dessa vida? Só quem tem a sabedoria de acreditar em algo tão maravilhoso, está livre para habitar na congregação santa, e como filho legítimo de Deus! E como disse o próprio Mestre acerca da ressurreição e da vida eternal: ''Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?'' (João 11:25,26)