Fazer o que outros fazem sem haver disposição para refletirmos sobre nossas condutas, não existindo qualquer senso crítico para que possamos deliberadamente recusar uma vida de mentiras e de preconceitos enraizados (simplesmente porque o ''a gente'' diz como deve ser feito), é assustadoramente embrutecedor para o espírito.

Porém fazer algo pelas pessoas com a consciência plena das ações praticadas, é profundamente emancipador e demanda coragem para assumir os posicionamentos, pois está implícito a responsabilidade de um ser pelo outro através de uma ética que rompe com os grilhões do moralismo vigente.

É indicativo de sabedoria romper com caminhos que sinalizam condenação ou vícios para a alma, portanto tal escolha requer do ser aquele ímpeto de coragem e de autodeterminação que principalmente os homens de fé transbordante podem manifestar enquanto decidem definitiva e resolutamente trilhar uma nova vereda mais aprazível para a alma.

Ter um significado que oriente nossa existência, nos dá capacidades para sermos pessoas mais bem-aventuradas, sonhando com algo mais apropriado para a vida; mas aqulele que foi de encontro ao nada e a falta de sentido, está vulnerável e exposto ao desespero, a amargura e a morte; não deixa de ficar suspenso no abismo de sua fragilidade que se estende no âmago de seu ser.

Por isso, nunca é tarde para nos responsabilizarmos pela nossas vidas, ou seja, mantendo resplandecente a chama do significado da existência pela via do amor de Deus. Somente ELE pode dignificar o nosso ser e preencher nossos corações com a verdade que há de libertar a vida dos homens com sede de justiça.

Tendo, nós, pleno entendimento de que não é o imediatismo que irá nos coroar de glória e alegria (mas apenas de toda a palavra que sai da boca do unigênito da esperança e da verdade!), é possível vivermos nossa existência na espera de algo mais grandioso e verdadeiro para nossas vidas, sem darmos atenção aos apelos sedutores que emergem cotidianamente em nossa sociedade massifcada.

Se nos mobilizamos para sair da zona de um grande conformismo, aprendendo a ter responsabilidade pelas nossas ações e a reconhecer o amor de Cristo que habita em nosso ser, evidentemente conseguimos ser mais solidários e honestos com as pessoas que estabelecemos relações, fazendo com que o diálogo iluminado pela verdade seja um grande motivador para entendermos o caminho que nos impelirá à salvação.