Nos dias de grande solidão,
Tenho esperança ao criar expectativas
De que posso sempre te encontrar
E viver daquilo que mais preciso
Para minha existência:
Viver tão somente
De suas magníficas dádivas,
Ó Deus amoroso, e sem igual!

Tu és, Ó Rei da eternidade,  
O meu único refúgio e fortaleza!
Somente o Senhor é digno
De honra, louvor e glória!

Pois desse momento em diante
O que mais necessito
É tão somente viver
Do seu imenso amor,
Ó Deus soberano
E única razão do meu viver!

Tú és e sempre será
O único que é capaz de elevar
A minh' alma regozijante,
Hoje repleta de esperança
Que foi disseminada,
Sobre o meu viver.

Nos dias onde só há silêncio
Espero ouvir sua voz
Ressoando sobre meu íntimo.
E ao sentir tamanha doçura,
Sou capaz de caminhar
Sem esmorecer pela estrada da vida.

Vivo na confiança
De vencer as advesidades
Com incrível coragem e resolução,
Na confiança
De que Tu estás comigo,
Ó Deus consolador e piedoso!
Tu és o único que pode apascentar
As dores mais inexoráveis
Da minha alma!

Sinto-me pronto para viver
Da missão que um dia foi-me designada.
Sinto, persistentemente extasiado,
A beleza exuberante da vastidão
De um universo misterioso.

Tamanha imensidão
Proporciona-me maravilhamento...
O oceano se apresenta envolto
Por uma profusão de mistérios,
Enriquecido de sinais
Incrivelmente comunicáveis.

Contemplo com o potencial
Dos meus sentidos aflorados,
A sua palavra que prevalece
Nos corações dos homens
Mais fervorosos e sinceros.
Envolto por uma grande sensibilidade
E com toda a força de minha alma,
Sou capaz de perceber
A grandeza de toda a criação.

E assim, fico então extasiado
Com a exuberância
Que comigo interage
(Na maior parte das vezes
nos instantes de perfeita
solidão e de silêncio...).
Então mantenho-me distante,
Muito distante de todos!

É no silêncio de uma estrada sem fim
Que somente o amor de Deus
É capaz de se manter ao meu lado!
Nos dias de grande serenidade,
Escuto os seus desígnios
Revelarem-se de uma incógnita...

Há debaixo dos céus um propósito,
No qual sou levado
A sentir continuamente
Os eflúvios que promanam
Do sobrenatural e do inaudito.

Daqui pra frente nada vai me separar
De sua presença;
Pois tu és um luzeiro vivo que resplandece
Permanentes fagulhas de graça
Sobre todo o meu ser...
Tu és e sempre serás
Como um fogo vivo e renovador
Que nunca se extinguirá...

Da minha alma saem melodias
De vida eterna,
Melodias diáfanas que prevaleceram
Contra toda sorte de iniquidades;
Ao esvaziar-me de tudo
O que enclausura a alma,
De absolutamente tudo
O que torna os homens cativos,
Permiti que sua luz abrasante
Reinasse no mais profundo de meu ser.