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CÂNTICO DE REDENÇÃO
O sofrimento, a dor e a miséria,
Que foram arrastados Por neblinas espessas De confusão generalizada e de caos, Propagaram-se sobre as sociedades Falidas e arruinadas, Enquanto os sonhos de muitos Reduziram-se a tão pouco! O que pode nos consolar, E o que pode prevalecer em nossas vidas Que mereça reinar em nosso íntimo? Pelo que estaremos dispostos a lutar E quais os nossos ideais Que perseguiremos para alcançarmos Os cumes etéreos da redenção? Mas como tudo o que é ilusório Está sujeito ao fim e fadado ao fracasso, Um dia o cais da esperança se aproximará, Onde poderemos todos ouvir Uma canção altissonante sendo entoada Quando toda a dor Enfim for apascentada, extirpada... Uma voz doce de muitas águas Anuncia em nossos corações A liberdade e a ventura De uma glória nunca antes vista! Uma bela e poderosa ressonância sobreviverá Em meio a tantas catástrofes E sobre a morte que quis reinar presunçosa (...) Mas num dado momento tudo há de se harmonizar E tudo o que estava condenado pela degradação Será exaltado, e não conhecerá mais Toda a mácula semeada nas trevas. As próprias trevas serão afugentadas E toda a desarmonia e dissonância, Toda a discórdia e desunião, Toda desventura e revolta Terão que reconhecer a soberania Da eternidade da vida Renovada e absolutamente liberta! Pelos quatro cantos do mundo, Onde todas as línguas E nações estabelecem seus domínios, Um doce cântico espalhará Suas flores e o perfume do espírito Para o surgimento de uma nova vida Transfigurada e exaltada... É a doce vitória Que prevaleceu Na luz perene da eternidade! É o triunfo dos justos A verdadeira promessa Do redentor das almas remidas! Todas as lágrimas e um oceano de angústias Serão pulverizados como a própria morte; Pois enfim deixará a sua maldição De se prolongar na flor da vida... Desistirá, definitiva e felizmente, De estbelecer seu principado Sobre tudo o que viveu e sofreu Nas fronteiras de um mundo Fatalmente dividido E por demais arruinado. As guerras guarnecem De desolação o mundo, Mas até quando uma legião de homens Semearão o fracasso Da humanidade decaída por insanidades? Mas haverá um fim para tudo: E quando não houver mais condição Da natureza suportar Tamanho sofrimento e martírio, Tudo se aniquilará, Inclusive a fatalidade dos instantes Que constantemente anunciam A morte inevitável da matéria. Nessa longa passagem Sombria e caótica da existência, O sol por enquanto se mostra, As aves do céu ainda cantam E as estrelas ainda resplandecem nas trevas... Mas será que o porvir Terá o privilégio de presentear A doçura irradiada pelos astros E as mais belas Colheitas propocionadas Pela mãe-natureza Que grita dia após dia Sua impetuosa revolta Contra a exploração dos ambiciosos? Os clamores estão espalhados Por todos os cantos; Pois é com muito regozijo, Que uma multidão, (Munida de uma força interior E, sobretudo, levada por grande fervor, Multidão de diversas nações e tribos), Cantará hinos de redenção, Em novo cântico em louvores... Os que descansam de longa agonia, Os que ainda irão renascer, E um dia reviverem sempiternamente, Só aguardam o cortejo triunfal Da vitória de todos os justos; E assim, habitarão, sob grande amor Numa nova morada Banhada de luz e esplendor e harmonia.... Nela sempre haverá permanente alvorada Emanada pelo grande redentor, Num reino amor infinito e perene.
Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 23/12/2016
Alterado em 24/12/2016 Copyright © 2016. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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