Todas as pessoas que passam pelas nossas vidas influenciam a nossa forma de pensar e de perceber o mundo, deixando vestígios de seu ser em nossas experiências. Ao mesmo tempo que somos influenciados, também influenciamos aqueles com os quais mantemos ou mantivemos uma relação significativa enquanto buscamos com sinceridade partilhar nossas vivências mais marcantes. Ainda que não fiquemos fascinados pelas ideias e perspectivas de certas pessoas, somos ao menos provocados a fazermos uma reflexão em cima de suas concepções de mundo, o que de certa forma nos tira de nossa segurança habitual! Viver, portanto, vai muito mais além do que mantermos relações por conveniência e também por uma sede egoística de poder; pois o mais importante mesmo é a aventura das experiências intersubjetivas, experiências essas permeadas de memórias, planos, histórias, risos, ternuras, abraços, carícias e partilhas dos momentos mais inesqucíveis vividos entre irmãos de alma. Ora, quanto mais formos imbuídos de profundidade espiritual, mais ricas serão as vivências com aqueles que amamos; e na medida em que aprendemos a amar tudo o que vive e sofre através de gestos de generosidade e de comiseração, saberemos valorizar tudo o que aprendemos e também as mais belas memórias extraídas das relações que estabelecemos, seja com nossos amgos queridos, seja com nossos familiares mais próximos. As experiências partilhadas são oportunidades singulares para que haja proximidade na relação entre duas almas abertas a um verdadeiro diálogo.