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A MISÉRIA HUMANA
Uma névoa espessa paira no ar,
Trazendo consigo tanta desolação E imensa angústia Sobre a terra semeada Sem qualquer esmero... É a morte que desfila sua face Enquanto a miséria humana é a logica De um mundo desprovido de verdade! Para onde foi a luz que outrora reinava No seio de um povo Repleto de gratidão e misericórdia? Para onde foram os bons de coração Que entoavam um hino De amor e concórdia? Uma terra adornada de cadáveres vivos, O que podemos esperar Ao caminharmos a esmo Por essas fronteiras? A face cadavérica da miséria humana Parece ser a essência De um povo sujeito a tantas Insanidades.. Mas estas só existem Porque foram normatizadas Para todos os insanos Que insistem em beber Da fonte de águas tão lodosas! A névoa espessa da miséria Inundou de lágrimas as colinas, os montes, Os rios, e uma extensão Incomensurável de terra, Pois foi assim que a noite Imergiu grande parcela da vida, Uma porção de seres que um dia quiseram Reinar esperançosos, E com justo anseio de perseverarem... Pelo que o homem tem lutado E quais os ideais que tem perseguido até agora? Espaços obscuros E sonoridades melancólicas, dissonantes: Até quando essa desolação Irá se estabelecer? O que o homem tem feito Para amenizar a miséria De sua existência inglória? A vida é consumida A cada fugaz instante Como estrela cadente Esvaindo-se misteriosamente Na imensidão dos céus... Pois tudo o que nasce Já está condenado pela mão Corrupta de tantos homens miseráveis! Até quando a névoa ofuscante Impregnada de aflições e de angústia Tomará conta da vida E de tudo o que existe no mundo? Os mares secam, a terra se torna infértil, E a vida, a cada instante que passa, Pede socorro, chorando sem cessar... Enquanto uma festa odiosa Prepara grandes armadilhas Contra tudo o que quer deter o avanço Da morte precoce no mundo. Mesmo assim, há um caminho a ser Seguido por todos aqueles Que não deixaram morrer o amor e a justiça, Um caminho de vida e luz intensa, Irradiada misteriosamente no horizonte Purificado de tantas amarguras E misérias existentes... Em meio a tantos caminhos sombrios E entre tantas misérias dilacerando E enegrecendo de morte o seres, A jovialidade do ânimo, A compaixão e o amor por DEUS, São fontes onde podemos transbordar De maneira inspirada e apaixonada. Então por que não nos banharmos Nos rios calmos das dádivas celestiais, A fim de deixarmos acesa Um flamejante elã vital Para qualquer manifestação de vida Que busca reinar majestosa?
Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 11/01/2017
Alterado em 11/01/2017 Copyright © 2017. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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