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Poesias, ensaios e reflexões de Alessandro
O segredo da existência humana reside não só em viver, mas também em saber para que se vive. F. D.
Textos
A MISÉRIA HUMANA
Uma névoa espessa paira no ar,
Trazendo consigo tanta desolação
E imensa angústia
Sobre a terra semeada
Sem qualquer esmero...
É a morte que desfila sua face
Enquanto a miséria humana é a logica
De um mundo desprovido de verdade!

Para onde foi a luz que outrora reinava
No seio de um povo
Repleto de gratidão e misericórdia?
Para onde foram os bons de coração
Que entoavam um hino
De amor e concórdia?
Uma terra adornada de cadáveres vivos,
O que podemos esperar
Ao caminharmos a esmo
Por essas fronteiras?

A face cadavérica da miséria humana
Parece ser a essência
De um povo sujeito a tantas Insanidades..
Mas estas só existem
Porque foram normatizadas
Para todos os insanos
Que insistem em beber
Da fonte de águas tão lodosas!

A névoa espessa da miséria
Inundou de lágrimas as colinas, os montes,
Os rios, e uma extensão
Incomensurável de terra,
Pois foi assim que a noite
Imergiu grande parcela da vida,
Uma porção de seres que um dia quiseram
Reinar esperançosos,
E com justo anseio de perseverarem...

Pelo que o homem tem lutado
E quais os ideais que tem perseguido até agora?
Espaços obscuros
E sonoridades melancólicas, dissonantes:
Até quando essa desolação
Irá se estabelecer?

O que o homem tem feito
Para amenizar a miséria
De sua existência inglória?
A vida é consumida
A cada fugaz instante
Como estrela cadente
Esvaindo-se misteriosamente
Na imensidão dos céus...
Pois tudo o que nasce
Já está condenado pela mão
Corrupta de tantos homens miseráveis!

Até quando a névoa ofuscante
Impregnada de aflições e de angústia
Tomará  conta da vida
E de tudo o que existe no mundo?

Os mares secam, a terra se torna infértil,
E a vida, a cada instante que passa,
Pede socorro, chorando sem cessar...
Enquanto uma festa odiosa
Prepara grandes armadilhas
Contra tudo o que quer deter o avanço
Da morte precoce no mundo.

Mesmo assim, há um caminho a ser
Seguido por todos aqueles
Que não deixaram morrer o amor e a justiça,
Um caminho de vida e luz intensa,
Irradiada misteriosamente no horizonte
Purificado de tantas amarguras
E misérias existentes...

Em meio a tantos caminhos sombrios
E entre tantas misérias dilacerando
E enegrecendo de morte o seres,
A jovialidade do ânimo,
A compaixão  e o amor por DEUS,
São fontes onde podemos transbordar
De maneira inspirada e apaixonada.
Então por que não nos banharmos  
Nos rios calmos das dádivas celestiais,
A fim de deixarmos acesa
Um flamejante elã vital
Para qualquer manifestação de vida
Que busca reinar majestosa?
Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 11/01/2017
Alterado em 11/01/2017
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