Quando a injustiça social se manifesta
Na expressão de fome no semblante de uma criança
E na desigualdade que faz aumentar a desesperança,
Toda a ostentação da vaidade se torna desonesta.

Numa era de vazio, de descaso e de indigências,
Agir por amor é uma singela demonstração
De quem vive de justiça em meio a tanta desolação
Instituída por aqueles que vivem de imprudências.

Um homem caminha pelas ruas sem encontrar
Amparo e esperança para viver de alegrias;
E uma multidão de anônimos esqueceu de lembrar
Que é escravizada pelo engano das inúmeras ideologias.

Os sonhos dos homens simples ficaram reduzidos
Ao mínimo necessário para a sua sobrevivência.
Prosperando com a penúria dos homens sofridos,
As tiranias dos poderosos geram a tola subserviência.