Na vida certos acontecimentos são inevitáveis e às vezes somos vítimas de um fatalismo difícil de lutar; no entanto, isso não significa que devemos cair num niilismo cego ou num pessimismo sem transcendência; ao contrário, podemos dar um sentido à nossa vida, criando, a partir do vazio em que somos lançados, possibilidades redentoras, pois é a capacidade de achá-las, quando parece não haver sequer um resquício de esperança, o que nos conduz ao caminho da tão almejada liberdade! Podemos fazer isso de várias formas e cada um, na sua própria solidão e singularidade, deve encontrar o seu caminho, sendo dispensável, portanto, receitas pré-fabricadas e vendidas no mercado. O máximo que um profissional, que lida com o sofrimento humano, pode fazer, no caso o psicólogo, é auxiliar o seu paciente a descobrir, ele próprio, as suas vias de superação, nem que para isso as ilusões sejam trazidas a tona e as verdades mais duras sejam descobertas pelo mesmo. A esperança é sempre uma tênue chama em meio a escuridão do desespero; e na medida em que decidimos com força de vontade nos manter fortes e perseverantes frente as dificuldades da vida, conseguimos compreender o significado de estar vivo, até que possamos um dia testemunhar a nossa superação contra os imprevistos e as fatalidades que ameaçam nossos sonhos mais significativos.