Na contramão de uma sociedade altamente atroz e manipuladora, existem qualidades e aptidões provenientes de uma consciência lúcida (tais como: integridade, generosidade, reverência, franqueza e profundidade espiritual desconcertante) que são perfeitas para que haja demonstrações de humanidade e para o germinar de novas maneiras de ver as coisas. Somente alguém sinceramente inconformado em viver uma existência entorpecida pelas falsas exigências ou pelos ditames dos modismos mais inconsequentes (que são, por sinal, formas desesperadas de preencher um vazio) se torna forte para não se perder na dissolução das superficialidades de todo tipo de engano. Nas demonstrações mais autênticas de um ser, resplandece ao mesmo tempo tanto o fulgor de sua grandeza de caráter, quanto as fragrâncias suaves da simplicidade do seu coração. Infelizmente, a manifestação das virtudes que compõem uma alma piedosa se tornaram mais raras nos dias de hoje! Pois vivemos numa época contagiada pela desconsideração ao próximo e pela desvalorização da própria vida! No entanto, quem decidiu com coragem não ser mais um número no meio da multidão e, menos ainda, não ser um fantoche na mão dos poderosos, verdadeiramente aprendeu de forma apaixonante a arte de viver como um homem livre, mesmo vivendo rodeado por tantos modos de ser estereotipados e inautênticos.