Um genuíno homem de Deus é melhor definido como aquele que incessantemente manifesta gestos de amor e benevolência para o seu próximo; nada se torna mais bonito numa alma piedosa do que essa abertura que faz germinar as searas da confiança, da amizade e da solidariedade. Além do mais, num homem temente a Deus, há uma indispensável coerência e harmonia entre os seus pensamentos privados com os seus modos de ser infundidos nas suas relações interpessoais. Os pensamentos de um ser humano dotado de tal honestidade pairam, portanto, sempre acima daqueles indivíduos que vomitam falsos moralismos e atitudes hipócritas, atitudes essas que não escondem as sombras de tantas amarguras ou ressentimentos. Sem dúvidas, um autêntico homem de Deus é aquele que aprendeu a se banhar nos mares plácidos da graça divina. Um homem santo, iluminado pelo selo do cordeiro, foi aquele que elevou o seu ser nos ares límpidos das boas novas do evangelho (com suas promessas perenes de salvação e de vida eterna). É na subjetividade de uma existência comprometida com a conservação de sua própria integridade, que se revela a autenticidade de uma franca devoção; uma devoção que é continuamente imbuída de entrega e profundo fervor.