REVOLTA E COMPAIXÃO
A revolta é uma maneira de expressarmos com liberdade e também com senso crítico o nosso inconformismo e insatisfação contra tudo aquilo que nos impede de ser livres; e também contra tudo aquilo que oblitera a realização de nossas aspirações mais profundas. A revolta, que nada mais é do que um sentimento, e que não tem nada haver com ódio, ressentimento ou vingança, produz a urgência de uma ação criativa, uma ação que almeja a realização de transformações sociais, sempre tendo em vista o despertar das consciências individuais carentes de qualquer luz de discernimento; vale ressaltar, que a necessidade íntima por mudanças sociais é possível graças a existência de um sentimento elevado: que é a comiseração pelas almas adoecidas pelo descaso e pela injustiça. A revolta é, portanto, um grito que se inflama nas almas oprimidas pelas iniquidades e pela ausência absoluta de amor e de compaixão. Através de um grito profundo de revolta contra um meio social repleto de ganâncias e de fraudes; mas, ao mesmo tempo, com um sentimento de compaixão por todos aqueles que sofrem (por todos os seres vivos agonizando no sofrimento físico e na dor emocional), estamos em melhores condições de fazer algo por aqueles que necessitam urgentemente de libertação. Do amalgama de uma revolta que nos faz lutar e nos posicionar por condições mais dignas, e de uma compaixão que nos eleva acima do egoísmo e das futilidades da vida, onde nos dedicamos com sensibilidade e empatia para suprir as necessidades de nossos semelhantes, nasce as ações imbuídas de engajamento, ações essas que se enriquecem não apenas de um grande significado, mas também de um sentimento de justiça e de verdade, cujos clamores, súplicas e orações vindos do nosso coração, tem o dom para se comunicar com os céus onde reina o Deus soberano e onisciente.
Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 16/09/2017
Alterado em 26/09/2017
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