Uma estrela promissora persevera,
Até que misteriosamente desaparece
O seu fulgor limitado que já não mais reverbera
Nesse mundo tragicômico onde nada prevalece.

As rosas nascem tão belas e exuberantes,
Mas no cosmos só existem transmutações...
Pois a vida é fluída como as águas cintilantes
Dos rios em perenes e sucessivas renovações.

Ante as contingências que todo homem sente,
Ante o devir e a dinâmica do tempo implacável,
A vida não passa de um sonho evanescente.

Ninguém escapa desse ciclo aparentemente infindável...
As plantas, os animais, enfim... qualquer ser vivente
Já nasce ante os perigos de uma morte inevitável.