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AS ILUMINAÇÕES DO INEFÁVEL
Busquei expressar em palavras
Toda a grandeza do inaudito, Enquanto mergulhava num oceano De mistérios e de vivências marcantes. Mas tais experiências transcenderam A possibilidade de uma linguagem Corriqueira e ordinária; Mesmo assim, quis dar vida ao inexprimível Com a força da minha sensibilidade Em meio as reverberações do inefável Surgidas em horas solitárias e ociosas. Com impetuosidade exprimo meus versos, Porém não encontrei palavras Para traduzir os meus clamores E tampouco palavras para cantar As belezas do inefável Que abriu clareiras Sobre o meu porvir envolto Pelas neblinas das incertezas... Por que então não tentar expressar (Com incrível lucidez e discernimento) A sensação das lágrimas derramadas, E das alegrias da glória conquistada Com toda força lírica que provém da alma? O que posso fazer senão contemplar O que não pode ser esgotado? O que posso fazer senão escrever A experiência do que vivo e do que sinto Com palavras inflamadas de paixão, Palavras vindas de um clamor incessante? O poeta, o artista e também o profeta Com suas frágeis asas, Diante das limitações que cercam os homens, Almejam, cada um ao seu modo, Alçar voos inimagináveis No céu escuro dos mistérios E das vivências epifânicas. Almejam, também, sondar As profundezas do indizível Sem saberem o que hão de encontrar. Todos os voos das grandes transcendências, Nos quais ensaiei ao longo da vida, São pequenas conquistas Saboreadas em doses diárias. A cada dia que passa, confecciono Novos adornos sem esperar Nenhum reconhecimento por isso. Pois o importante mesmo é saber O quanto posso caminhar Diante de tantas irregularidades E entre os desertos mais inférteis e áridos. Frente as desolações mais pavorosas do mundo, Anseio encontrar caminhos Menos tortuosos e mais transparentes, Caminhos que preludiam O paraíso para a alma Descansar de sua longa peregrinação E também consolar das grandes perdas da vida. Há dias em que demonstro calmaria, E há dias em que expresso as tempestades Provenientes das lutas mais ferrenhas; Há dias em que a paz se mantém perfeita Como um sol de estio, Mas há momentos de conflitos E de guerras aparentemente infindáveis. Francamente não deixo De ansiar desesperadamente (Tal como Jacó na luta com um anjo), Por um encontro verdadeiro e indescritível Com tudo o que há de mais sagrado e sublime. Nas manhãs da vida banhar-me-ei do sol De toda esperança e de toda paz Que um dia claro pode anunciar; Mas nas noites da vida não deixarei de sonhar Com as estrelas mais distantes Do vasto e misterioso firmamento. Ao alimentar-me de intuições e visões, Submerji num mundo de vivências E de aspirações que integram o destino De minha vida em constante Peregrinação pelo mundo. No fugaz despertar de uma epifania Obtive as respostas e os sinais Sobre os quais aparentemente Não havia atentado outrora. Mas a vida é repleta de belas surprezas: Em silêncio e em longo recolhimento Percebi a transformação operada Em todas as dimensões do meu ser.
Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 18/04/2018
Alterado em 18/04/2018 Copyright © 2018. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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