AS NUANCES DO MEU SER
A minha felicidade e espontaneidade depende unicamente dos momentos onde reinam manifestações de simplicidade e de beleza. Do contrário, prefiro não forçar uma alegria que não pode ser expressa pelo meu ser naqueles instantes em que minha existência está mais suscetível às noites gélidas de solitudes, recolhimentos, saudades e melancolias.
O melhor que eu faço, então, é ora me recolher no silêncio das meditações, ora propagar palavras de indignações, tristezas e descontentamentos, a fim de que o mundo ao meu redor saiba que eu não posso ser aquilo que eu não sou, e também que a verdade da vida está menos nas coisas fúteis e frívolas do que unicamente nos gestos de ternura e de amizade que procedem de uma alma íntegra.
As grandes verdades acerca do meu ser nunca são expressadas das superfícies; mas sim das profundezas acessíveis para todos os que não se contentam com as meras aparências, aqueles a quem posso mais livremente expressar os meus ricos sentimentos e a minha exacerbada sensibilidade de poeta. Por isso, faço questão de partilhar as minhas ideias com aqueles que gostam de ir longe nos assuntos mais importantes da vida.
É com tais pessoas, amantes de conversas de conteúdos atemporais e elevados, que sinto que posso ser eu mesmo, sem temor de ir longe demais nas reflexões e também de me perder em longínquas divagações. A respeito das mesmas, posso, sem medo de errar, dizer que consigo com muito mais facilidade escutar as verdades presentes nas suas vivências e aspirações. Creio que, assim como tais pessoas têm algo a dizer para mim, eu também tenho muito o que lhes comunicar, pois tudo o que digo e faço sempre é expresso de forma intensa, honesta apaixonada.
Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 04/06/2018
Alterado em 06/06/2018
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