O UNIVERSO FASCINANTE DAS PALAVRAS
Palavras como incomensurável, insondável, inescrutável, incognoscível, inexaurível, inexprimível e inefável me motivam a pensar no vasto e no infinito; a meu ver, elas são sempre fascinantes de serem pronunciadas e mencionadas em poemas, prosas ou ensaios poéticos, pois me fazem contemplar o que está para além do alcance dos meus sentidos, ainda que queiram indicar algo não completamente revelável, apalpável ou compreensível.
Ora, são as palavras que sempre me inspiram na elaboração de reflexões impactantes; e também nos voos das meditações mais duradouras acerca do que se mantém misterioso para minha vida. Elas, de fato, têm o poder para edificar vidas e de criar no íntimo de cada um de nós um paraíso de conhecimentos marcantes.
Os meus sonhos, essas joias preciosas que enfeitam a minh'alma, são tão incessantes, que nunca deixo de fazer uso das palavras como forma de evocar um amalgama de sensações e vivências; enfim, me dão condições para expressar o que se mantém na ordem do inalcançável e do inacessível.
A poesia é, na realidade, a única solução para todos aqueles que, assim como eu, aprenderam a sonhar com o infinito, com o indelével, com o perene, com a eternidade e com a transcendência. E, para aproveitar o embalo, são justamente essas palavras que me impelem a imaginar sobre o que está para além de nossa finitude, de nossa vida ordinária e de todos os absurdos que permeiam a vida humana. São essas palavras, portanto, que conseguem enriquecer o meu ser ávido de mistérios, de revelações e de grandes epifanias.
Outras palavras como liberdade, fé, esperança, verdade e amor, embora sejam tão corriqueiras e embora estejam tão comumente empregadas para fins tão banais, permanecem sendo um horizonte de significados ainda inexplorados. Esses signos linguísticos carregam consigo muitos segredos que ainda podem ser muito devassados pela criatividade de todos nós que buscamos ser os artistas das palavras! Por essa razão, nunca deixo de adornar as minhas obras com tais palavras, a fim de desbravar caminhos que possam orientar a minha existência e a vida dos meus semelhantes que querem ler as minhas obras. A linguagem escrita, com todas as suas sublimidades e as suas profundidades, vem a ser, portanto, o único recurso que encontrei para desvelar clareiras de sentidos, e dizer o que é mais imprescindível para quem busca encontrar um consolo no resplendor das ideias e das sabedorias mais sublimes.
Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 12/08/2018
Alterado em 13/09/2018