O que me faz não desistir da vida é o meu anelo pela eternidade e também a esperança de uma vida renovada e definitivamente redimida. O que não me faz desistir da minha existência e, não obstante, ainda poder almejar por um futuro glorioso, é o simples fato de acreditar de que ainda é possível, nessa vida, encontrar paz, amor e uma vitória contra tudo o que nos possa causar morte, dissolução, desespero, amargura, lutos e aniquilação do nosso próprio ser na aridez da indiferença. Em meio a essa luta que se estabelece contra o império da morte, uma luta constante entre a fé que concebe a possibilidade do inimaginável e a razão que esbarra em limites intransponíveis, descubro que sou mais do que vitorioso quando percebo que o Deus que amo e sirvo, o Deus que se sacrificou por mim (reconquistando o paraíso da redenção para todos os homens que a buscam em espírito e em verdade), intenta para sempre reinar no meu coração, fazendo de meu ser uma fortaleza viva inspirada pelo milagre de sua misericórdia infinita, bem como um templo purificado pela verdade de um amor capaz de derrotar qualquer medo e insegurança que porventura possam impedir a minha capacidade de sonhar com o inconcebível.