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QUEM EU SOU?
Eu descobri quem eu sou
Ao imergir na impetuosidade Das angústias da existência Suficientemente redentoras para derrubarem Oa muros da letargia de uma morte espiritual Que me fizesse esquecer de quem eu sou E de todo propósito que reveste a minha vida. Eu descobri quem eu sou Vivendo aquelas emoções singelas E aqueles encontros ou momentos marcantes Que só podem acontecer No despertar de um belo dia Colorido por uma alvorada Se boas surpresas. Eu descobri quem eu sou Quando busquei uma vida de recolhimento Enquanto clamava em prantos aos céus Por uma paz que ninguém pode dar E por uma alegria contagiante Que jamais se compra Nessa vida social de tantas ilusões. Eu descobri quem eu sou Ao me deparar, todos os dias, Com as responsabilidades da vida Que me ensinaram que não posso Ter tudo o que quero, Mas que posso ser e viver O que não podia outrora imaginar. Eu descobri quem eu sou Quando pude livremente Viver em meditativa contemplação Ou, então, quando me dispus a embarcar Na aventura de um diálogo franco Com aquelas pessoas com as quais Decidi partilhar os segredos da minha história. Eu descobri quem eu sou Quando eu quis ser eu mesmo, Ainda que precisasse fazer amputações Mediante dolorosas renúncias Para não perder o horizonte da transcendência E a fim de não deixar se evanescer As asas da poesia e da inspiração. Eu descobri quem eu sou Ao saber que posso amar sem reservas E que posso erigir, vagarosamente, Frágeis castelos de sonhos Para não deixar morrer A chama da esperança Que sempre renasce no meu ser.
Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 31/03/2019
Alterado em 19/04/2019 Copyright © 2019. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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