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A QUEDA DO MURO DA ILUSÃO
O muro estava muito alto,
Então ainda não podia ver O que estava do outro lado. A sua arquitetura parecia Muito bem firmada Tal como um castelo Envolto por trevas de ilusões. Quis subí-lo para saber O que acontecia no oculto, Mas ainda assim esperava Por algum amparo E uma ajuda para poder Discernir o que se escondia de mim. Pois essa máscara que usavas, Empurrando a terrível verdade Nos porões da dissimulação, Escondia de fato algo assaz monstruoso. Hoje sei, com muito pesar, Que disfarçavas uma realidade Tão feia e deformada, De modo que fora quase impossível De acreditar em algo tão desnorteador! Infelizmente, não conseguia perceber O que estava por trás Dessa fachada espetacular De doçura, inocência e beleza. De repente, uma luz de verdade Alumiou as trevas da minha ilusão E as vendas dos meus olhos caíram Para discernir o que era feito Em meio as sombras de todo engano. Hoje, enfim, eu posso ver Toda a crueza da realidade E o engano com a sua face De remorso e de pavor Rastejar como o espectro de uma serpente Sobre esse chão sujo onde eu piso Sem que eu precise olhar tão baixo Para ver a tua agonia De morte e de desolação. Hoje, enfim, já nem preciso mais Subir os altivos muros Para ver o que existe do outro lado. Simplesmente eu caminho nas ruínas Dessa divisão que ruiu Repentinamente, Implacavelmente, Definitivamente. E agora uma luz de doce esperança Vem para alumiar os horizontes Dos meus mais belos sonhos E o fluir de uma alegria Vem renovar completamente A minha vida enamorada pela verdade.
Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 25/07/2019
Alterado em 18/09/2019 Copyright © 2019. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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