O problema não consiste unicamente em pelejarmos contra a maldade daqueles que foram capazes de nos ofender ou humilhar ao levarmos adiante certas ações que achamos que é a mais correta (o que já é sempre uma empreitada difícil de ser resolvida!), mas também em lutarmos contra nós mesmos; ou melhor, contra a nossa própria escuridão, a fim de não nos deixarmos contaminar por um lodaçal de ressentimentos e mágoas profundas. Assim, e somente assim, é que conseguimos evitar de nos tornarmos iguais ou até piores do que aqueles que ameaçaram a nossa harmonia interior e a fortaleza de nossa integridade. Quando aprendemos a ser fortes para vencermos a nossa própria propensão à iniquidade e à vingança, conseguimos manifestar em nosso ser, tal como o sol raiando naqueles dias mais chuvosos e acinzentados, um dos mais belos ensinamentos inscritos de forma permanente em nosso coração: a sublime arte do perdão com o seu poder milagroso de criar caminhos de esperança e de redenção.