Em muitas noites frias nos abraçamos,
Pois outrora fui o seu amante fiel e apaixonado.
Nesse sonho desvairado, como nos beijamos!
Muitas vezes vivi como um ser inebriado...

Mas me despertou a firme decisão de quebrar
As algemas dessa insólita aliança
Que nunca poderia me edificar
E sequer me trazer a aurora da esperança.

Nos teus braços nunca mais hei de estar!
E quando vejo a tua gélida e plálida fisionomia
Não sinto qualquer ânsia de teus olhos contemplar!

Hoje me encanto nos braços da doce alegria
Que me faz uma nova canção de amor cantar
Nessa hora em que que liberto da antiga letargia.