Para sermos cidadãos de boa-fé e bons amigos, deveríamos antes pergumtar para nós mesmos, numa demonstração de comprometimento com a nossa integridade, se seríamos a mesma pessoa caso conseguíssemos ascender a uma posição social ou política avantajada; e, ademais, se manteríamos a mesma filosofia de vida de quando éramos humildes cidadãos inconformados com a fraude de nossos políticos corruptos e com a péssima conduta de tantos bajuladores. A melhor maneira, portanto, de sermos íntegros é examinarmos os anseios de nosso coração, bem como a nossa consciência diante de uma dada situação que nos desafia a uma revelação inesperada de quem realmente somos. Devemos, para isso, sempre ter em nossa memória e em nosso arcabouço moral a máxima socrática que, de forma contundente, nos exorta ao "Conhece-te a ti mesmo". Caso contrário, tudo não passa de um palavreado vazio que nunca nos leva a lugar algum, numa demonstração absurda de nossa trágica falência de caráter e também intelectual.