Quanta traição ao evangelho de Cristo não fazem os religiosos-fariseus de nosso tempo ao negarem a simplicidade dos ensinamentos do mestre! Quão insensatos são esses homens ao tentarem fechar com seu legalismo as portas da graça de nosso Rei da eternidade enquanto instituem ritos e práticas que mais incentivam a ganância e a ambição, em vez da pureza e o amor essenciais ao espírito da fé cristã e messiânica!

Quanta insinceridade existe nesse meio religioso, onde homens engravatados se tornam cada dia mais ávidos pelo crescimento físico de sua organização e também pelo lucro fácil mediante a exploração da ignorância dos seus "fiéis"! São antros onde se proliferam os covis de ladrões na liderança, cujos esquemas de estelionato levam muitos à ruína de suas próprias vidas espirituais.

Muitos líderes, incomodados com a luz que ofusca a escuridão de suas almas, preferem dar beijos de engano ao Deus doador da vida, beijos que só vendem a sua própria consciência através de práticas que só visam a alienação e ao embrutecimento coletivo.

O espírito da religião e do farisaismo sempre produzirá divisões e marginalizações ao colocar fora aqueles que não se adequam aos seus estreitos limites. Quem vive nessa loucura certamente viverá confinado numa verdadeira cegueira espiritual que, em nome do status quo e do politicamente correto das práticas esclesiasticas, precisa vender a sua própria liberdade de dar voos sublimes de amor e de transcendência.

Já o espírito do evangelho, na contramão da teologia da prosperidade e das teologias de caráter legalistas, nos torna verdadeiramente livres e corajosos para disseminarmos o poder de transformação operada pela graça de Yeoshua. Quem foi transformado pelo evangelho, já não tem como viver confinado em práticas que só almejam o reconhecimento social e o adultério de mensagens genuínas para agradar aos poderes constituídos, pois o que reina é a luz da consciência que não permitirá qualquer autotraição e também a luz da consciência da verdade no que diz respeito aos ensinamentos do filho de Deus, os quais faz cada um de nós, homens íntegros, vivermos sob o resplendor das boas novas e nos mantermos, ao mesmo tempo, firmados na rocha da verdade a iluminar as trevas de nosso ser.