Um dos perigos e uma das grandes ameaças ao desenvolvimento da individualidade humana, individualidade essa que torna uma pessoa mais consciente do seu ser no mundo e mais responsável pela sua própria existência, é o magnetismo exercido pela força de uma coletividade que suprime qualquer chance de uma manifestação autêntica  e criativa de seres humanos autônomos e livres. Tal magnetismo e fascínio foram os responsáveis pelas grandes carnificinas da história da humanidade, gerando prosélitos incuráveis em todas as partes, e fazendo com que até um simples homem, um insignificante funcionário do estado aquém de qualquer perversidade, se tornasse um grande facínora  a mando de suas lideranças, um homem sem qualquer gesto genuíno de compaixão; de tal modo que, para apoiar o regime do qual fazia parte, autorizou a matança sistemática de inocentes em campos de extermínio. O nazismo e o comunismo, certamente, foram bons exemplos históricos onde as mais diversas individualidades foram profundamente tragadas pelas monstruosidades de uma exigência social; foram, infelizmente, suprimidas em nome de um sistema ideológico-social-político dotado de enorme poderio sobre as massas que, alienadas de sua própria condição, permaneceram amorfas e escravizadas por falsas esperanças as quais nunca se concretizaram.