O amor mais próximo da perfeição e da verdade presente numa vida humana só é possível quando é forte para suprir todas as lacunas deixadas pelas idealizações do desejo e pela excessiva fúria da paixão. Ele é misericordioso para desfazer todas as armadilhas arquitetadas pelo ódio, pelo ressentimento e pela ânsia de vingança que brota nas entranhas de um indivíduo; como também é essencial para restaurar os buracos deixados pela incompreensão e pela ignomínia mediante o ensinamento do perdão. Essa dádiva tão sublime a qual chamamos de amor (se é que ainda existe nos dias de hoje), é sábia para não se deixar iludir por qualquer sentimento que possa torná-la evanescente e efêmera no coração pacificado de um ser humano. Como a sua manifestação não é tão comum, mas de natureza extraordinária e elevada; e como só pode ser posta em prática através de um discernimento que promana do divino que vive em nós, é poderosa para desconcertar a ignorância das almas cauterizadas pelo egoísmo e tem a propriedade curativa e milagrosa de operar mudanças nos homens adormecidos nas trevas da iniquidade, transformando-os em autênticos santos em comunhão com Deus.