Eu sou uma consciência que sabe saber pouco
E que sabe que em mim vive as sombras do inacessível.
Mas eu também eu sou uma mente
Consciente de quem sou, de quem eu fui
E de quem poderei ser no meu porvir.

Eu sou uma profusão de bons sentimentos,
Os quais se revelam nas minhas emoções
Quando me sinto livre para dizer algo de minha vida.
Eu sou aquela alma sonhadora
Que se perfuma de toda bela poesia no coração.

Eu sou a verdade das minhas aspirações
E a veemência das minhas entregas
Naquilo que procuro fazer de melhor.
Eu sou a minha existência que vive
Também contagiada pelos conflitos desse mundo.

Felizmente eu sou aquele suspiro de transcendência
Impulsionado pela minha fé no Eterno
Quando somente eu, sem ninguém por perto,
Vê de forma peculiar um vislumbre de redenção
Para a minha vida aturdida pela dor.

Eu sou aquela paz vivenciada nas preces
Entoadas em noites de descanso para o meu ser
E em dias onde dobro os meus joelhos
Em reverência ao divino que habita
O meu ser espiritual mais etéreo.

Eu sou os caminhos que busco trilhar
E as saudades que alumiam o meu viver...
Eu sou as minhas vaidades,
Como também a minha timidez que me faz
Viver mergulhado no meu mundo interior.

Eu sou o sentido que dou à minha existência
Em meio aos seus dramas quase insuperáveis
E em meio as lutas mais tenazes...
Eu sou a alegria, a inspiração, a motivação
Para a vigorosa perseverança nos meus esforços.

Eu sou os livros que apreciei nos invernos da vida,
As poesias que cultivei como flores na primavera
E o valor que tenho aprendido a dar
Às minhas melhores amizades,
As quais são fortalecidas ao sabor de cada sinceridade.

Eu sou o prazer que em mim se manifesta
Ao escutar atentamente
Uma canção com toda força do coração
Sensível em devassar as suas melodias sublimes
E a lírica de sua poderosa energia sonora.