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SOB O PODER DO MEDO
O medo nos tornou prisioneiros
Em nossa própria morada E nos prendeu nos labirintos de nossa fragilidade. Hoje ele é a nossa mais intrusa companhia Em nossa vida miserável: Afogada na dor do sem-sentido. O medo nos enclausurou No escuro de nossa brutal ignorância Pois sequer encontramos forças Para em paz subsistirmos. Perdemos de forma resignada os nossos belos sonhos Em troca de segurança e alienação. O medo é a realidade de nossas vidas... Ela é reforçado pelos atrozes canais midiáticos, Bombardeando de incerteza Os nossos corações angustiados E infundindo um clima de vazio e morte Pelas ruas silenciosas das cidades. O medo reprimiu nossos corpos dilacerados E produziu em nosso ser as suas inverdades No amanhecer e na hora do almoço; Em nossos en-con-otros e em nosso descanso, A fim de perdermos o prazer do lazer em família E a esperança de estarmos com quem amamos. O medo é distribuído em doses diárias Como ração fresca para suprimir A resistência dos homens comuns E fortalecer o poder dos abutres do sistema Nas suas ambições de enriquecimento Às custas de quem é impotente para se libertar. O medo paralisou a fé dos corações, Enquanto o impulso criativo da vida se deteriorou Com a geração de uma ânsia generalizada De afastamento social em larga escala E a felicidade da boa convivência ficou descredibilizada No coração de uma humanidade assaz enfraquecida.
Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 30/05/2020
Alterado em 12/06/2020 Copyright © 2020. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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