Ficar, sempre que for possível, longe do efeito manada e do conformismo social é a melhor maneira de nos aproximarmos da resplandecente verdade que há de nos libertar. Talvez seja isso que o nosso Redentor quis dizer quando nos exortou para fugirmos em direção aos montes. E toda pessoa íntegra é aquela que, mesmo com todas as esquisitices e as excentricidades que lhes são próprias, prefere manter o privilégio de ser ela mesma e ter a ousadia da auto-aceitação, em vez de se resignar covardemente aos apelos sociais tão aculturados pelas meias-verdades e pelos grandes enganos de nossa era! O conformismo com as superficialidades e os modismos é um sinal de nossa ausência de senso crítico e de nossa cegueira espiritual. Só nos mostra, portanto, a nossa adesão a uma vida de escravidão sem grades. Já a intrepidez para assumirmos a nossa não-adesão e o nosso inconformismo contra tudo o que pode nos submeter ao jugo de uma alienação em seu nível mais degradante, só nos torna mais fortes para sermos bons vencedores contra nossas inclinações ao erro e mais livres em nossos anseios de respirar os bons ares da sabedoria. Essa aptidão nos faz trilhar o caminho de uma verdadeira retidão: o nosso guia perfeito para uma vida mais feliz.