Há alegrias fugazes que nos incendeiam e depois se apagam para nunca mais se inflamarem.E há aquelas alegrias que permanecem em nós, mesmo quando somos invadidos por ondas de sofrimento. Eu me refiro a alegria de uma certeza interior de que somos abençoados por Deus em maio as lutas mais arduamente travadas e de uma esperança invencível que nos faz acreditar profundamente na existência do amanhã de nossa vitória.

Há alegrias anestesiantes que viciam a alma e a deixam escrava de tais sensações entorpecentes. O seu efeito seduz com a sua intensidade, cujo poder é tirar a lucidez e a temperança de uma vida humana  E há alegrias que colocam o ser humano no estase infinito da verdade e na ternura de um consolo libertador e cativante. Em sua força contagiante, ele é levado a uma descoberta de si mesmo e a um sublime estado de graça.

Há alegrias que duram uma noite, alegrias essas que se dissipam tão logo uma dificuldade surge na vida! E há alegrias que perduram por toda a nossa existência, até porque a sua intensidade, a sua beleza e a sua verdade marcam definitiva e positivamente o nosso íntimo. E, então, a nossa memória não faz outra coisa senão revisitar de tempos em tempos a aurora desses dias abençoados e repletos de vida.

Há alegrias que parecem ser alegrias, mas no fim se revelam ilusórias; infelizmente, as suas promessas são perdidas para sempre em meio as recordações cheias de obscuridades e vazios. E, por fim, há alegrias que são, sim,  verdadeiras alegrias! Pois pode passar o tempo que for: elas sempre serão evocadas com cores agradáveis; e também são perfeitas e saudáveis para serem guardadas nos recantos do coração para preenchê-lo com as centelhas das boas novas. Tais alegrias são,efetivamente, a quinta-essência de uma vida perseverante no que diz respeito a realização do seu mais evidente sentido e propósito.