Hoje, não vivemos somente numa guerra física que exaure as nossas forças enquanto corremos atrás de nosso sustento e enquanto temos que cumprir com as nossas obrigações rotineiras. Mas também, evidentemente, vivemos imersos numa cruzada psicológica e espiritual que intenta, de forma sutil e recalcitrante, sitiar os alicerces de nossa alma, moldar o nosso comportamento e conduzir os nossos esforços em direção a uma escravidão mental, incutindo valores banalizados e superficiais que obliteram o nosso senso crítico, em vez do ensino de valores profundos de solidariedade, autenticidade e compaixão. A conquista é menos a exploração de novos domínios físicos, do que a conquista brutal e covarde do psiquismo humano através de novas ferramentas que podem servir para a sua total alienação e embrutecimento. É preciso, então, que criemos em meio a essa batalha uma trincheira, para que certos conteúdos não nos peguem desprevenidos até alcançarem os meandros de nosso coração, e que também sejamos vigilantes como bons atalaias da verdade para que o engano não corrompa o que há de mais valioso em nosso ser.