Ainda que esse mundo seja hostil para qualquer orvalho de amor e gesto de devoção, que possamos adorar ao Criador dos céus e da terra de todo o coração! Ainda que, como dizia o profeta Habacuque, a figueira não floresça e não haja fruto na vide; ou os campos não produzam mais mantimento e a natureza já não produza boas colheitas, que possamos nos alegrar no amor de nosso Pai Eterno, exultando no Deus de nossa salvação! (Hc 18-19). Ainda que os corações de muitos se esfriem; e em nossa sociedade tudo o que é bom seja visto como algo mal, bem como tudo o que é mal seja visto como algo bom, que possamos, todavia, continuar semeando a verdade do evangelho de Cristo no íntimo daqueles que desejam se nutrir de suas palavras de redenção! Ainda que as aflições aumentem diante de tantas catástrofes, rumores de guerras, desolações e valores cada vez mais invertidos, que tenhamos em nossos lábios as mais belas mensagens de boas novas para os desamparados e os órfãos da terra, mensagens essas que só fazem germinar um desejo profundo por um grande renovo que conduz para a vida eterna! Ainda que haja perigos a nossa espreita, ainda que tudo seja trabalhoso e difícil de ser conquistado, ainda que a verdade seja perseguida por muitos homens desumanos, ainda que o amor seja pisoteado e a sensibilidade ao próximo seja desastrosamente desencorajado, que ainda assim sejamos íntegros para não deixarmos morrer o nosso amor pela verdade e sendo cada dia mais valentes para não negociarmos a nossa maior riqueza: a nossa salvação obtida pelo maior sacrifício já realizado em prol de cada ser humano!