''Para onde poderia eu fugir do teu Espírito? Para onde poderia correr e escapar da tua presença? Se eu escalar o céu, aí estás; se me lançar sobre o leito da mais profunda sepultura, igualmente aí estás. Se eu me apossar das asas da alvorada e for morar nos confins do mar, também aí tua mão me conduz, tua destra me ampara. Se eu cogitar: 'As trevas, ao menos, haverão de me envolver, e a luz ao meu redor se tornará em noite', constatarei que nem as mais densas trevas são obscuras para teu olhar, pois a noite brilhará como o meio-dia, porquanto para ti as trevas são luz. Tu formaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Graças te dou pela maneira extraordinária como fui criado! Pois tu és tremendo e maravilhoso! Sim, minha alma o sabe muito bem.''
(Salmo 139: 7--14)

Na invisibilidade, tu me enxergas, ó Deus majestoso!
Não fugirei de ti; as trevas jamais me esconderão,
Pois é em teu resplendor glorioso
Que posso me deleitar em meio aos dias que virão.

Como diz o salmista, na sepultura mais abissal
O teu olhar, ainda assim, me alcançará!
E nos mais altos céus ou no mar mais abismal
A tua mão certamente me segurará!

Tu me conheces desde o ventre materno;
Tu sondas os meus passos e os meus pensamentos
Com o teu saber fecundo e sempiterno.

Tu és, meu criador, sublime por assentar os fundamentos
Na terra, nos céus e no meu ser mais recôndito e interno
Sedento pelo teu amor repleto de ensinamentos.