A maior insanidade não é se diferenciar das massas para manter a sua própria originalidade (muitas vezes se passando por excêntrico) e, tampouco, ser corajoso para não se deixar levar por estereótipos ou preconceitos, até porque nunca é perda de tempo desenvolver percepções autênticas e uma sensibilidade para a interpretação de vivências repletas de sonhos, epifanias, pressentimentos, fantasias, intuições e visões de longo alcance. A maior estupidez e insensatez é, na verdade, seguir o exemplo daqueles que se acovardam no anonimato, vivendo de enganos, falsas aparências, pré-julgamentos e uma ausência da verdade no coração que poderia muito bem contribuir para a edificação de almas através de boas orientações, gestos e atitudes. Tal é, talvez, a maior cegueira na vida daqueles que, preferindo olhar a cegueira do seu semelhante, nunca souberam encontrar uma oportunidade para transcender a sua pobreza interior e, também, para descobrir quem são verdadeiramente, na sua clara evidência.