A figueira pode florescer
Mesmo quando não há
Qualquer aparente esperança.
As suas raízes se aprofundam
E os seus brotos são cada dia mais
Vistas na alvorada de um novo dia.
Assim também é a alma
De quem aprendeu
O que é a vida
E, a partir daí, soube germinar
Profundas palavras de sabedoria no seu ser.

Ainda que ninguém veja,
Ainda que o sol se ponha
E o inverno apareça,
Quem tem na alma a força do amor
Nunca morre em meio aos açoites
De qualquer espécie de contravenção
Que poderia murchar o esplendor
De seus frutos
Em processo de desenvolvimento.

É, decerto, o tempo de florescer.
É o tempo de dar à luz
A flor de uma jovial alegria, do amor e da verdade.
É tempo de prosperar
Com base na fonte inesgotável
De onde Reluzirá para sempre
Toda riqueza espiritual imorredoura.