Toda felicidade autêntica e legítima traz no seu cerne uma certa satisfação e prazer singelo, conduzindo uma vida humana a uma vivência do seu verdadeiro sentido e propósito. No entanto, nem todo prazer traz a tão almejada felicidade! Na verdade, existem alguns prazeres que não são nada mais do que uma maneira malograda de um ser humano escamotear o vazio da sua alma e de enganar a si mesmo com a crença de uma possível plenitude em meio as ilusões que nunca curam os sofrimentos da existência. Uma felicidade salutar sempre nasce de um verdadeiro compromisso; ela também pode ser cultivada através do cuidado do ser humano consigo mesmo e com os outros seres ao seu redor. E este só pode ser, portanto, una forma gratificante de disposição que possibilita o conhecimento mais profundo de nosso ser.  O último grau de realização, indispensável para a felicidade, acontece quando um indivíduo compreende a sua missão no mundo e, a partir daí, doravante, passa a viver de acordo com essa vocação, de tal modo que consegue por em prática os seus sonhos e anseios, sem que os mesmos entrem em atritos com a verdade de seu ser vinculado na responsabilidade com outros seres.