O canto do uirapuru, tão harmonioso na natureza,
É um amálgama de melodia, doçura, beleza...
Quando ele entoa o seu singelo hino de alegria
Todos silenciam na escuta dessa flauta que contagia.

Como é ditoso quem consegue numa floresta
Cantar em liberdade e em clima de festa
Uma diáfana lírica a comover a criação!
Como é sublime tal louvor que sai do coração!

Há instantes onde tudo parece ser uma só comunhão
Ao embalo da música que ecoa pela imensidão
Desse mundo de verdes, mistérios e fulgores!

Como um tenor do bioma de nosso Brasil,
Esse ser reluz até de longe um encanto primaveril,
E ao poeta a inspiração vinda dos seus pendores.