Enquanto houver fôlego de vida: viva!
Se houver uma tênue luz de humanidade: ame!
Enquanto existir criatividade: crie!
E se houver uma propensão
À integridade no seu ser:
Nunca deixe de professar com paixão a verdade!

Mas se houver trevas: seja a luz!
Se colocarem pedras: use-as como uma boa escada
Para obter uma vista privilegiada,
Acessível a límpidos e claros horizontes!
Se criarem o caos: seja a harmonia!
E se, inevitavelmente, lançarem uma grande confusão:
Seja a lâmpada do discernimento
Que resgata o sentido da beleza e da vida!

Todo mundo pode fazer a mesma coisa,
Mas então não seja como todo mundo
Na sua mesmíssima opinião pré-fabricada!
E se muitos são assim porque não receberam educação,
Nunca se faça de derrotado:
Busque, admiravelmente, se enriquecer
Da arma da educação
Para não se tornar sujeito a uma mera fatalidade
No seu falar, longe da intenção de destilar ódio
Por não ter recebido qualquer incentivo e inspiração
Para tal exercício e prática de vida!
Seja, enfim, um ser humano livre e sábio
Num meio social de tantos seres condicionados e tolos!

Para além disso, seja o abraço que acolhe!
Seja a chuva que rega a terra e a fecunda!
Seja o sol que aquece os confins do planeta,
Renovando o verde da árvores, plantas e relvas!
Seja o arco-íris como prenúncio das boas novas
Ou os sublimes arrebóis na imensidão
Para uma visão contagiante e prazerosa
Acerca da alma manifestada
Nas melhores percepções do ser!