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REFLEXÕES EXISTENCIAIS EM POESIA
Eu me deparei com o absurdo
Em muitas situações da vida. Há valores que se reduziram a nada E há ilusões que para mim Mostraram a sua sombra inglória, A sua sombra outrora escondida Numa superfície brilhante de verossimilhança. O meu mundo em muitos momentos Ficou repleto de nada... A partir daí, trilhei outros caminhos Com a felicidade de saber Que do não-ser Podesse porventura brotar Uma límpida fonte de ser. Pois sempre deixei em aberto o (im)possível Ou até mesmo o quase improvável Para embaralhar a lógica das fatalidades... Muito do que era outrora fascinante, Hoje se revelou opaco e sem razão de ser. Numa angustiante jornada, Eu consegui descortinar no meu coração O nonsense atrás das cortinas desse palco De tantas incongruências, Inconsistências e frivolidades. Foi na dor que eu descobri o que é a vida! Foi no vazio que eu lancei um olhar Para a fonte da plenitude, Da caridade e da beleza! Mas, afinal, o que pode significar Para os homens de nosso tempo Tais palavras que soam Tão doces, utopicas e vibrantes? Apesar do horror que se concentra Por trás de tantas fachadas, Vejo que para além disso Existem as estrelas do céu Que encantam o nosso olhar; Ou os verdes das vegetações Que abrigam a manifestação De toda forma de ser e de toda diversidade; Ou ainda o pranto sincero De quem suspira pela verdade, Pela justiça e pela transcendência. Apesar da constatação de tantos abismos E da evidência Do absurdo de muitas coisas, Ainda existe o amor que tudo move. Será ele a nossa redenção Em meio ao enorme caos da vida moderna? Ele sempre será a indagação Para todos os corações que amam O ouro mais fino da sabedoria.
Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 11/02/2022
Alterado em 11/02/2022 Copyright © 2022. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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