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O PREÇO DA PAZ
Vivemos numa era
De uma paz racionada Por aqueles que querem decidir O futuro do mundo. O poder nas mãos de uns poucos Descaracterizou toda convivência pacifica Entre seres da mesma espécie, Morrendo muitas vidas a cada dia Nas áreas marcadas por conflitos e temores. Um novo dia surge Em cor rubra, Um dia já manchado Pelo sangue de muitos mártires. O amanhecer foi tingido Por rastros de muitas incertezas, Ao som das explosões De profundas hostilidades, intolerâncias e possessões. Já dizia Pablo Neruda que só um louco Pode desejar guerras. Pois a guerra destrói a própria lógica Da existência humana. E ainda que se fale o tempo todo em paz, Como ainda pouco tem sido feito Para conter a desolação das guerras? Todo mundo sabe Das consequências das grandes guerras mundiais... Mas quantos estão dispostos A viver em clima de armistícios Para que a vida comum se torne Um pouco mais suportável E as hostilidades não encham As manchetes dos jornais? Hoje a paz tem o seu valor E até parece ser mais valioso Do que o petróleo Ou os demais recursos Para o abastecimento da economia. Vivemos na era de uma humanidade Sem humanidade Que só dissemina a paz Para quem não reconhece a paz No seio de outros povos. Enquanto isso, os que vivem Nas zonas de tensão Consomem pequenas doses de sonhos Para que a vida Permaneça brilhando como ouro E a esperança continue Para além do medo e da morte.
Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 25/02/2022
Alterado em 25/02/2022 Copyright © 2022. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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