Uma honesta e singela relação humana, na qual está presente os doces perfumes da simpatia, da amizade e do amor, consiste num encontro entre dois seres que tem um comprometimento profundo pela vida de seu semelhante, num encontro onde está assentado também as bases da fidelidade e da confiança. Ora, nenhum relacionamento profundo e que alcança o cerne da comunhão espiritual sobrevive aos momentos feitos só de prazeres e efemeridades, mas também se constrói a cada dia também através das vivências mais dolorosoas e amargurantes que requerem a presença da mão consoladora de um ser amigo. É óbvio que ninguém é obrigado a amar e a estimar ninguém, mas quando o amor é dado de forma livre e espontânea qualquer adversidade é ínfima em face de sua enorme fortaleza capaz de dar proteção contra as mais diversas enfermidades da alma. A coragem de abrigar o ser do outro no coração é o caminho mais apropriado para a cura de uma vida adoecida. Não existe, portanto, relacionamento inter-humano sólido sem a fé do amor que tudo suporta e o senso de responsabilidade de um ser humano pela vida do seu próximo, responsabilidade essa que sai de um coração que nunca deixa de estar para o que der e vier, mesmo quando ninguém mais está próximo.