A felicidade é uma experiência da alma que nunca pode ser padronizada e comercializada como um produto a ser vendido no mercado de mídia. Tal experiência convida o ser a conscientização de sua missão de vida e a sensação do sentido de realização pessoal. De fato, não existe algo mais longe da verdade do que estereotipar tal estado ou vivência como se este fosse algo banal, principalmente quando uma certa imagem de alegria é convertida num ideal a ser seguido por todos; e, o que é pior, nada do que foge de determinado padrão merecesse ser levado em consideração. Jamais seremos, evidentemente, iguais em nossos ideais e aspirações, porquanto cada pessoa tem sua complexidade, sua individualidade e sua maneira de se apresentar ao mundo circundante. O máximo que pode acontecer é encontrarmos pessoas que se assemelham a nós e que buscam partilhar das mesmas filosofias de vida. É sem dúvida um grande privilégio na dimensão da relacionalidade de um ser! Ora, cada ser humano encontra a sua forma de ser feliz e de encontrar a felicidade, na qual não necessariamente segue tendências e receitas pré-fabricadas. Cada um, na sua singularidade e no seu processo de autoconhecimento, tem então que aprender a descobrir como pode ter momentos de paz, êxtase, embevecimento, inspiração e prazer sem deixar de ser feliz na sua própria maneira de ser e peculiaridade de se relacionar com outro ser humano ou com os demais seres vivos.