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A NOITE ESCURA DO ESPÍRITO
Foi na noite escura do espírito
Que me despi com rigor e coragem Do velho homem e de suas loucuras Para então dar vida, de forma um tanto renovada, A um novo homem: um ser que busca se libertar Das algemas das tolas vaidades E das aspirações sociais mais efêmeras. Um getsemani existencial E uma temporada de lágrimas e vazios Que ecoaram no silêncio; Um caminho entre vales profundos E orações saindo do meu coração em prantos: Eis o tempo em que consegui reconhecer O verdadeiro valor fazendo morada no meu ser. Só assim pude resplandecer O fulgor do sentido de minha missão na terra Como uma fugurante estrela Despontando no escuro imenso do firmamento. A maior vitória foi contra mim mesmo Em prol da eternidade na alma Que almeja reinar no foro mais íntimo Do meu ser. Foi nessa luta que aprendi a me esvaziar Totalmente daquilo que antes Era visto como claro e evidente. Tal vitória é a conquista mais memorável Do que pode profundamente nos dignificar, Tal como o ouro incorruptível Adornando os fundamentos da nova Jerusalém E suas fortificações de justiça e amor inefável. Somos, em nossa maior glória, um vaso de abalastro Nas mãos de nosso oleiro e artífice misericordioso. E nessa ânsia de infinito e eternidade Sentimos os seus ecos Desde o mais recôndito de nosso ser, A fim de percebermos De qual mão necessitamos Que nos refaça parcimoniosamente e por inteiro.
Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 19/07/2022
Alterado em 16/08/2023 Copyright © 2022. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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