A minha maior decisão é ser eu mesmo antes de tudo, percorrer um caminho único que dá a tônica da beleza da vida; enfim, me tornar cada dia mais esvaziado de qualquer imperativo alienante e de qualquer ideologia aprisionadora da verdade do ser, ainda que eu precise sofrer no caminho de reconhecimento dos meus abismos e inconsistências. Eu me refiro, portanto, não só no sentido de satisfazer as minhas vontades egóicas e mais rasas, o que tem lá sua importância; mas muito mais no sentido de me abrir à verdade do meu ser que, na sua simplicidade, busca se renovar na perseverança da gratidão, do amor, da esperança, do perdão e da liberdade de transcendência pelo espírito da poesia que nasce na alma.