O maior valor que criamos em nós mesmos é pararmos de dar atenção àqueles que perpetraram o mal contra nossa vida, de viver atônitos com o que eles geram de prejudicial. A respeito destes, aprendi que nada melhor do que o perdão, condição que não me torna dependente do que eles dizem ou fazem. Talvez seja essa a maior liberdade conquistada por um ser, justamente porque não nos nivela na mesma podridão de quem quis nos destruir em algum momento de nossa vida sem qualquer crise de consciência. E então eu faço diferente: procuro, sem demora, desenvolver a minha consciência como forma de ser menos ignorante e, portanto, mais humano e sábio. Quanto aos que destroem a vida alheia pelo simples prazer de fazer perversidades, só posso dizer que o que eles fazem de suas vidas não me diz respeito e o que eu faço da minha vida está muito além  de qualquer pretensão de prejudicar o meu próximo. Quando faço tal separação, aniquilo os meus desejos mais nefastos e passo a caminhar em outra direção, criando a minha própria história de vida em vez de estar a mercê da história de vida daquele que deixei de colocar num mesmo patamar de opositor ou rival.