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Nada pode permanecer como era no passado,
Mas tudo pode ser
Como nunca houve antes
Ou o que há de vir pode se tornar
Mais simples de ser enfrentado e vencido.
Nada pode trazer o que se foi, o que se sucedeu;
Mas tudo o que houver doravante
Pode ser constituído de um novo olhar
Com os renovos e mudanças salutares
Que só o porvir pode reservar.
O que sou hoje e o que serei amanhã
Não necessariamente devem ser
Uma repetição do que eu fui.
E agora eu caminho adiante, sem portanto retroceder...
Hoje, sem pestanejar, eu porto no meu coração
Uma compreensão dos meus aprendizados
De tantas incongruências de outrora.
Tudo o que eu perdi
Não pode jamais ser recuperado.
Todavia, nada me impede de realizar
Uma nova história de vida
Que recupera a jovialidade da minh'alma:
Essa estrela que desponta
Mais vigorosa na madrugada da existência.
O que eu poderei realizar no amanhã
Certamente dará um novo curso
Nos significados de minhas decisões.
Nas brumas do porvir
Eu já faço raiar uma fresta de esperança;
Acendo, pois, uma luz de fé
Em meio a neblina do amanhã.
Desde agora e para sempre
Eu me amparo e me fundamento
Nos valores mais etéreos
Que ornamentam os meus pensamentos e as crenças
Mais essenciais e imprescindíveis.