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Uma experiência de quase morte, por mais que propicie uma certa desesperança, pode ser fundamental para obtermos uma compreensão de quem somos e para vermos o despontar de uma nova vida, o seu surgimento progressivo que favorece a busca pelo seus significados e a consciência de nossa finitude existencial. Eis aqui o renascimento simbólico do ser em busca de sua própria essência e na descoberta de sua própria alma. É dessa experiência simbólica de quase morte ou uma morte em vida, que uma individualidade descobre o seu potencial para a individuação, tão logo ele passa a ressignificar a sua própria existência. E a psicoterapia, tão importante para o autocuidado, é um espaço ou ambiente possível para que ocorra essa vivência. E permite, principalmente, o estabelecimento da confiança, do amor e da liberdade de trazer à tona as verdades e singularidades do ser humano. Esta não visa a compreensão de apenas uma particularidade do ser, mas da integralidade desse ser por meio de esforços para favorecer a conexão profunda dessas particularidades, focando no todo do ser humano e no seu desenvolvimento nas mais variadas esferas de influência.