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O meu coração almeja
O sonho da alvorada eterna
Como esperamos a chegada
Da chuva para irrigar a secura da terra
Ou dos raios de sol no horizonte
A inspirar um brilho de esperança
Refletindo a imagem do infinito.
Num mundo de grandezas finitas;
Num aion de grandes muros,
Eu só quero alcançar a compreensão da verdade,
A verdade que enobrece o meu ser
E me aproxima do sentido de um abraço:
Uma misericórdia que abre caminhos
Tal como afluentes tranquilos
Que acessam a fonte de águas vivas.
O paraíso começa sempre
No espaço invisível de cada um de nós,
Indo até no mais secreto de nossa morada interior...
E esse reino da luz se manifesta
Tal como a estrela do amanhecer,
Seja nos louvores e nas preces sinceras
Que emergem de nossa boca,
Seja em nossa conduta com o nosso semelhante
A criar laços perenes
De amizade e benevolência.
É o resplendor de uma alma acolhedora
Que consegue tão bem acalentar e aproximar,
Num esforço gratificante e corajoso
Para criar pontes de união e solidariedade,
Em vez dos abismos das contendas.
É então que o meu espírito,
Entre gemidos inexprimíveis,
Só almeja refletir a glória de Deus
E jamais a vã glória desse mundo.
Com o cântico de fé nos meus lábios
Eu já posso contemplar
O paraiso do sublimal amor
A transcender as prisões erguidas de nossa era
E a descortinar a formosura da graça divina:
A imagem e semelhança no foro interior do homem
Que aprendeu o significado
Do que realmente é nascer de novo.