https://ale.recantodasletras.com.br/
Escrito por: Alessandro
Torna-se ainda mais importante que eu, como alguém que ajuda pessoas a se descobrirem e a se conhecerem, também busque me descobrir e desenvolva um profundo autoconhecimento. Então, aos poucos, eu conseguirei lapidar a minha alma, ou seja, revendo e trabalhando as velhas feridas e, em seguida, superando-as com um olhar impávido e resiliente para o meu presente.
E para prosseguir no caminho correto da individuação, busco compreender o meu passado com novos olhares e, por fim, intento me redescobrir quem eu sou, com a coragem de obter uma certa sabedoria com o sofrimento, para ulteriormente encarar novos horizontes e percorrer novas perspectivas.
É claro que sempre haverá algo a ser revisto e percebido em mim mesmo. E, certamente, em cada pessoa que atendo e ajudo, não deixo de notar um universo tão profundo que só pode ser para mim descortinado mediante a confiança, o amor e a verdade da relação interpessoal e psicoterapêutica.
Aliás, é através desses elementos integrantes da minha ética profissional, que ergo e refaço os seus delicados alicerces de tempos em tempos, nos quais vão dando uma certa sustentação a minha carreira, a minha vida profissional e intelectual, e ao meu estilo de ajudar um ser humano a se desenvolver.
Não posso compreender, respeitar e cuidar de alguém se eu mesmo não souber como me compreender, me respeitar e me cuidar. Afinal, está em mim a responsabilidade pela minha própria vida que se dispõe a ser um facilitador, uma ponte por mínima que seja, para guiar o meu semelhante em meio ao processo árduo de tornar mais compreensíveis o cerne de suas questões existenciais e de seus problemas emocionais e afetivos, cujo objetivo é sempre o aprimoramento de cada um em particular (eu e outrem); e de ambos em profunda comunhão de almas estabelecida por meio de uma relação baseada no esforço do ouvir sem reservas.