O BRILHO DA AUTENTICIDADE

  Viver para ganhar aprovação alheia significa minimizar a nossa liberdade de ser e obscurer o que de mais efeitivo sabemos ao nosso respeito. Mas viver para se autoaprimorar em todos os sentidos possíveis é ainda a melhor maneira de desenvolvermos a nossa autoestima mesmo quando poucos são capazes de reconhecer o brilho de nossos talentos.

  O fato de sermos reconhecidos pelo que fazemos nunca deveria ser encarado como um fim em si mesmo, mas como uma consequência de nosso comprometimento com a verdade transmitida mediante as nossas obras.

  Não existe nada mais interessante para vivermos em nossos dias do que compreendermos que não precisamos de qualquer aprovação de outrem para manifestar uma certa autenticidade no que fazemos. Em algum momento de nossa existência, o nosso valor se torna naturalmente manifesto, sem que seja necessário os apelos desenfreados em prol de uma falsa projeção.

   Os aplausos do mundo às vezes é a própria ruína de um artista que não aprendeu a trabalhar as inflações de seu próprio ego. E os mais ditosos na sua virtuose e conduta muitas vezes são aqueles que se mantiveram em silenciosa reserva para dar vida a um legado pessoal que supera qualquer oportunidade de sucesso volátil e momentâneo.