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![]() A POESIA E O INFINITO Gostaria de pintar em versos As paisagens mais belas e aconchegantes. Trazer dentro dos meus limites As cores daqueles cenários inesquecíveis Em que um dia eu me abriguei.
E se for possível, segurar com as mãos Uma fração que seja do infinito No instante inesquecivelmente ontológico Como o meu próprio olhar furtivo Contemplando as coisas naturais Que compõe certas totalidades Mais acessíveis ao meu ser sonhador...
Em instantes subsequentes, Numa duradoura epifania, Poder perceber com todos os sentidos A grandeza de um mundo paradisíaco Revestido de toda sorte de pradarias Montes, árvores, céus e mares.
Gostaria de fazer reviver os sentimentos Mais profundos da minh'alma Como um gosto de eterna surpresa Sem aquele gosto de adeus, Ou uma saudade em meio ao infinito Despertando fluxos de memórias adormecidas.
É daí que as melhores canções E os grandes poemas Podem brotar perfeitamente Como um céu que se abre plenamente, Um azul de inocência por todo amplo horizonte.
Eu tenho para isso todos os sentimentos Para tirar do esconderijo do coração A lírica mais singela e verdadeira. E hoje eu só quero estar solitário Nas tardes de por-de-sol Estranhamente saudosistas, Ou nos extremos limites Entre a madrugada e o amanhecer, Entre os pontos escuros da noite E o progessivo alvorecer, Para então conseguir irradiar Inspirações contínuas e autênticas.
São nesses dias contemplativos Que reservo alguns momentos Para me manter absorto Entre lágrimas e sorrisos... Me permitir aos instantes De melancolias repentinas, De despertar lírico e poético, E de embevecimentos excelsos Como a mais lívida experiência da alma. Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 18/01/2024
Alterado em 18/01/2024 Copyright © 2024. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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