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SIMULACROS
Tempo estranho de encruzilhadas.
Caminhos sombrios...sendas rotas...
Um abismo chamando outro abismo;
Um flagelo levando a outros flagelos.
Em contrapartida, há uma luz longínqua
Que desponta soberana
Para poucos que buscam seguir adiante
E reverterem a direção de suas vidas.
Tempo de diversões e euforias
Quando não há razão para sorrir e festejar.
Máscaras por todos os lados e nos arredores
Para esconder as deformidades
Nos meandros dos corações.
Tempo de astúcias sob uma cultura nefanda.
Malícias nas sutilezas de olhares sedutores.
Quantos se importam com suas próprias vidas
E com a de outros que nada pode significar?
Quantos querem despertar para a verdade
De suas mazelas e vazios
Tão profundos como a noite?
Tempo de solidão intensa em face de tanta gente
Formando uma multidão a estrangular espaços.
Em vez de confraternização e segurança,
Algazarras, cinismo, mortes e vulnerabilidade.
Em vez da confiança e do amor,
Um risco de vida ainda mais agravante
Com suas ondas de impiedades,
Doenças, violências...
Um tempo de muitas falácias e ilusões...
Um tempo de falsos deuses
E de luzes malsãs...
Um tempo de simulacros
Que afastam a plenitude, a paz e a realização.
Eu já não posso entregar o meu coração
Na expectativa insana de uma eternidade
Onde existe apenas a morte, o casos, o vazio...
Simplesmente eu não quero,
Na esperança de ser feliz,
Abrigar o meu coração
Onde impera os simulacros
Da verdadeira felicidade e do real esplendor...